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Política - 17/05/2020
Política - 17/05/2020

Primeira reunião da CPI da Pandemia será no dia 27 de abril

21/04/2021

Marcos Oliveira/Agência Senado

Primeira reunião da CPI da Pandemia está marcada para a próxima terça-feira, dia 27 de abril. A data foi escolhida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que é o membro mais idoso da comissão, e a convocação foi feita nesta segunda-feira (19).

De acordo com regulamento do Senado, o senador mais velho também é responsável por conduzir a primeira reunião, que tem como objetivo escolher o presidente e vice-presidente da comissão. A reunião será semipresencial e os senadores poderão participar tanto de forma presencial quanto de modo virtual. 

Porém, a votação para eleger o comando da CPI será somente presencial, uma vez que o voto é secreto, o que impede que seja feito pelo sistema de votação virtual usado pelo Senado.


Fonte: Brasil 61

 

8 x 3: STF anula condenações da Lava Jato contra Lula, que pode ser candidato em 2022

Julgamento deve continuar nos próximos dias para definir se a incompetência implica na anulação da suspeição de Moro

Com a decisão do plenário, Lula pode se candidatar em 2022 - Miguel SCHINCARIOL / AFP

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 8 votos a 3, na tarde desta quinta-feira (15), pela manutenção da decisão do ministro Edson Fachin no Habeas Corpus (HC) 193.726, que reconheceu a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) para julgar as ações penais da Lava Jato contra o ex-presidente Lula (PT).

Com isso, o petista mantém seus direitos políticos e a possibilidade de se candidatar à Presidência em 2022. As ações penais que estavam no Paraná deverão ser encaminhadas a Brasília (DF), conforme determinou Fachin no último dia 8.

Os votos divergentes foram de Kassio  Nunes Marques, Marco Aurélio Mello e Luiz Fux. Formaram a maioria, os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Tofolli, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

Suspeição

O plenário do Supremo deve decidir na próxima semana se a incompetência implica na anulação da decisão da 2ª Turma sobre a suspeição ou parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, como propõe Fachin.

Também fica pendente a confirmação de qual foro receberá as ações que estavam em Curitiba.

O relatório de Fachin

O relator Edson Fachin começou a apresentar seu voto por volta das 14h25.

Logo ao início do pronunciamento, adiantou que considerava improcedente o recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) que alegava competência da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) para julgar as ações contra Lula.

Fachin citou o ex-ministro Teori Zavascki e disse que segue o entendimento consolidado pelo plenário ao reafirmar a incompetência da Vara de Curitiba.

"A homologação de acordos de colaboração premiada não constitui critério para definição de competência", disse. 

Ao citar outro colega, Dias Toffoli, Fachin reforçou: "Os fatos que geraram a Lava Jato são relacionados à Petrobras. Independentemente de algumas pessoas serem acusadas aqui e ali, isso não pode transformar a 13ª Vara Federal de Curitiba em um juízo universal."

O voto durou cerca de 1h30. Em seguida, a sessão entrou em intervalo regimental de 30 minutos.

Nunes Marques não quer anulação

O segundo a votar foi Kassio Nunes Marques. O ministro, nomeado por Jair Bolsonaro, citou informações já desmentidas pela Justiça sobre os casos "triplex do Guarujá" e "sítio de Atibaia".

Depois de mencionar que o STF já havia reconhecido a competência da 13ª Vara Federal anteriormente, Nunes Marques também citou denúncias envolvendo "empresas na região metropolitana de Curitiba", ressaltando a proximidade com o juízo.

Até o procurador Deltan Dallagnol, segundo mensagens vazadas da Lava Jato, considera esse elo "capenga".

Por fim, o ministro do Supremo disse ainda que "a gravidade da incompetência territorial, que não reconheço, é mínima."

"A eventual incompetência territorial, apontada pelo relator, não resultou em prejuízo à defesa", afirmou Nunes Marques, ignorando que Lula ficou preso por 580 dias. Para ele, os atos não podem ser todos anulados em razão da eventual incompetência.

Para Moraes, competência garante neutralidade

Com o placar empatado em 1 a 1, era a vez do ministro Alexandre de Moraes.

Antes desse voto, Cristiano Zanin, advogado de Lula, pediu a palavra e lembrou:

"Segundo o próprio Sergio Moro, já declarado parcial pela 2ª Turma, este juízo jamais afirmou que valores obtidos pela OAS nos contratos com a Petrobras foram usados para pagar vantagem indevida ao ex-presidente."

Alexandre de Moraes iniciou seu voto ressaltando a importância do princípio do juiz natural.

"O que está sendo julgado aqui é o princípio do juiz natural, uma proteção garantida pela Constituição Federal que é minha, nossa, de toda a sociedade", afirmou.

"O juiz não pode escolher o que vai julgar, nem as partes podem escolher quem vai julgar. Isso garante neutralidade do Judiciário e segurança da sociedade contra o arbítrio estatal", completou o ministro.

Feitas essas considerações, Moraes desempatou o placar para 2 a 1 pela incompetência da Vara de Curitiba:

"Uma alegação genérica de que há uma organização criminosa que atua em várias frentes, sem identificar uma relação específica caso a caso, não serve para fixar competência", argumentou.

A única discordância de Moraes em relação ao relator Fachin é sobre o envio das ações para a Justiça Federal em Brasília. O ministro também não vê competência naquele juízo para assumir as ações contra Lula.

Weber se baseia na colegialidade

A ministra Rosa Weber ampliou o placar para 3 a 1, concordando com o relatório de Fachin.

"Não identifico elementos que debilitem a decisão monocrática do relator. Há uma relação muito distante entre as condutas imputadas e sua repercussão sobre o patrimônio da Petrobras", disse.

Para Weber, devem ser anulados apenas os atos decisórios, e não a totalidade dos processos, ao serem transferidos a Brasília.

Votos em tempo recorde

Na sequência, o ministro Dias Toffoli fez um voto ágil. Em menos de dois minutos, disse concordar com o relator Fachin e ampliou o placar para 4 a 1.

Após proposta de adiamento da sessão, os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Carmen Lúcia e Luís Barroso também adiantaram seus votos, em concordância com o relator.

Quando a maioria já estava formada, o presidente da corte, Luiz Fux, decidiu votar também, integrando a minoria e fechando o placar em 8 a 3 pela incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar Lula.

Edição: Vinícius Segalla

Fonte: Brasil de Fato

Fachin anula condenações de Lula relacionadas à Lava Jato; ex-presidente volta a ser elegível

Ministro do Supremo Tribunal Federal considerou que 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula.

 Por Márcio Falcão e Fernanda Vivas, TV Globo — Brasília

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou nesta segunda-feira ( 8) todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato.

Com a decisão, o ex-presidente Lula recupera os direitos políticos e volta a ser elegível.

A decisão de Fachin não necessita de referendo do plenário do STF, a não ser que o próprio ministro decida remeter o caso para julgamento dos demais ministros. Se houver recurso — a PGR já anunciou que recorrerá — aí, sim, o plenário terá de julgar.

 Ao decidir sobre pedido de habeas corpus da defesa de Lula impetrado em novembro do ano passado, Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná para julgar quatro ações — as do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e duas ações relacionadas ao Instituto Lula.

Segundo o ministro, a 13ª Vara Federal de Curitiba, cujo titular na ocasião das condenações era o ex-juiz federal Sergio Moro, não era o "juiz natural" dos casos.

Agora, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.

"Foram declaradas nulas todas as decisões proferidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba e determinada a remessa dos respectivos autos para à Seção Judiciária do Distrito Federal", diz a nota do gabinete do ministro.

Em nota, a 13ª Vara Federal de Curitiba informou que cumprirá a decisão, remetendo os autos dos processos à Justiça Federal do Distrito Federal. O G1 procurou a assessoria do ex-juiz Moro. Segundo a assessoria, ele ainda não havia decidido se irá se manifestar.

Na mesma decisão, Edson Fachin declarou a "perda do objeto" e extinguiu 14 processos que tramitavam no Supremo e questionavam se Moro agiu com parcialidade ao condenar Lula.

5 pontos sobre a anulação da condenação de Lula
5 pontos sobre a anulação da condenação de Lula

A decisão de Fachin tem caráter processual. O ministro não analisou o mérito das condenações.

"Embora a questão da competência já tenha sido suscitada indiretamente, é a primeira vez que o argumento reúne condições processuais de ser examinado, diante do aprofundamento e aperfeiçoamento da matéria pelo Supremo Tribunal Federal", diz nota divulgada pelo gabinete do ministro.

De acordo com o gabinete de Fachin, julgamento do plenário do Supremo Tribunal Federal já havia restringido o alcance da competência da 13ª Vara Federal de Curitiba.

"Inicialmente, retirou-se todos os casos que não se relacionavam com os desvios praticados contra a Petrobras. Em seguida, passou a distribuir por todo território nacional as investigações que tiveram início com as delações premiadas da Odebrecht, OAS e J&F. Finalmente, mais recentemente, os casos envolvendo a Transpetro (subsidiária da própria Petrobras) também foram retirados da competência da 13ª Vara Federal de Curitiba", diz a nota.

 

De acordo com o texto, nas ações penais envolvendo Lula, assim como em outros processos julgados pelo plenário e pela Segunda Turma do STF, "verificou-se que os supostos atos ilícitos não envolviam diretamente apenas a Petrobras, mas, ainda outros órgãos da Administração Pública".

Segundo o ministro, em outros casos de agentes políticos denunciados pelo Ministério Público Federal em circunstâncias semelhantes às de Lula, a Segunda Turma do Supremo já vem transferindo esses processos para a Justiça Federal do Distrito Federal.

Embora divergente e derrotado nas votações na Segunda Turma em relação a esse ponto, Fachin considerou que o mesmo entendimento deveria ser aplicado ao ex-presidente.

"Faço por respeito à maioria, sem embargo de que restei vencido em numerosos julgamentos", escreveu o ministro na decisão.

Cronologia: entenda os processos e condenações de Lula na Lava Jato
Cronologia: entenda os processos e condenações de Lula na Lava Jato

 

Teor da decisão

 

A decisão individual do ministro Fachin foi tomada com base na ação apresentada pela defesa do ex-presidente Lula em novembro do ano passado que questionou a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba para processar e julgar a ação do triplex do Guarujá e pediu a anulação das decisões tomadas no âmbito desse processo.

O argumento foi o de que não há relação entre os "desvios praticados na Petrobras", investigados no âmbito da Operação Lava Jato, e o custeio da construção e reforma do tríplex, que a acusação diz terem sido feitas em benefício de Lula.

 

Na decisão, Fachin considerou que se consolidou um "entendimento majoritário" que esvaziou a competência da Justiça Federal do Paraná para casos não ligados diretamente aos desvios da Petrobras. Isso, explicou o ministro, ocorreu com casos ligados às delações da Odebrecht, da OAS e da J&F.

"Como se vê, diante da pluralidade de fatos ilícitos revelados no decorrer das investigações levadas a efeito na 'Operação Lava Jato', a competência da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba foi sendo cunhada à medida em que novas circunstâncias fáticas foram trazidas ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal que, em precedentes firmados pelo Tribunal Pleno ou pela Segunda Turma, sem embargo dos posicionamentos divergentes, culminou em afirmá-la apenas em relação aos crimes praticados direta e exclusivamente em detrimento da Petrobras S/A", escreveu o ministro na decisão.

Fachin afirma que, ao analisar a questão da competência, é preciso ser imparcial e apartidário.

"As regras de competência, ao concretizarem o princípio do juiz natural, servem para garantir a imparcialidade da atuação jurisdicional: respostas análogas a casos análogos. Com as recentes decisões proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal, não há como sustentar que apenas o caso do ora paciente deva ter a jurisdição prestada pela 13ª Vara Federal de Curitiba. No contexto da macrocorrupção política, tão importante quanto ser imparcial é ser apartidário", disse Fachin.

O ministro considerou que as acusações contra o ex-presidente Lula não se limitam a supostos crimes cometidos em relação à Petrobras.

"Ocorre que a conduta atribuída ao ora paciente, qual seja, viabilizar nomeação e manutenção de agentes que aderiram aos propósitos ilícitos do grupo criminoso em cargos estratégicos na estrutura do Governo Federal, não era restrita à Petrobras S/A, mas à extensa gama de órgãos públicos em que era possível o alcance dos objetivos políticos e financeiros espúrios", escreveu.

De acordo com o ministro, "na estrutura delituosa delimitada pelo Ministério Público Federal, ao paciente são atribuídas condutas condizentes com a figura central do grupo criminoso organizado, com ampla atuação nos diversos órgãos pelos quais se espalharam a prática de ilicitudes, sendo a Petrobras S/A apenas um deles".

A decisão de Fachin ainda atinge outros casos ligados ao ex-presidente Lula, como os habeas corpus que questionavam a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e procuradores da força-tarefa do Paraná. Segundo a TV Globo apurou, Fachin tomou a decisão de forma individual sem conversar com outros colegas.

(F) g1.globo.com

 

PF afirma que investigará se houve vazamento de informações a Flávio Bolsonaro

A Polícia Federal vai abrir nova investigação para apurar o vazamento de uma operação no Rio de Janeiro. Em uma reportagem deste domingo do jornal Folha de S. Paulo, um empresário que apoiou a campanha de Jair Bolsonaro afirma que o filho do presidente, Flávio, foi avisado por um delegado da PF sobre a operação que deixaria em evidência o ex-assessor dele, Fabrício Queiroz.

O empresário Paulo Marinho se aproximou de Flávio durante a campanha eleitoral de 2018. Ele foi um dos apoiadores mais importantes de Jair Bolsonaro na disputa à presidência. A casa do empresário, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, foi usada para reuniões e gravações de campanha. Paulo Marinho disse que foi no local, em dezembro daquele ano, com Jair Bolsonaro já eleito, que Flávio contou que foi avisado por um delegado da Polícia Federal de uma operação que deixaria em evidência o ex-assessor dele na Assembleia Legislativa, Fabrício Queiroz.

A revelação foi feita numa entrevista a Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, neste domingo (17).

No começo da noite, a Polícia Federal informou que todas as denúncias de desvio de conduta na corporação devem ser apuradas. E que, diante do relato do empresário, já determinou a abertura de uma nova investigação sobre o suposto vazamento a Flávio Bolsonaro.

Flávio Bolsonaro disse que Paulo Marinho tem interesse em prejudicá-lo por ser seu suplente no Senado. E questionou Paulo por ter feito a denúncia quase dois anos depois. Disse ainda que as histórias não passam de invenção de alguém desesperado e sem votos. O Palácio do Planalto disse que a denúncia não é verdadeira e que apoia Flávio Bolsonaro.

Os advogados citados na reportagem não foram encontrados para comentar o assunto. O Ministério Público Federal informou que vai levar o caso para o grupo de controle externo de atividade policial da Procuradoria da República no Rio.

O desembargador Abel Gomes afirmou que a Operação Furna da Onça não foi adiada, mas deflagrada no momento em que se concluiu mais oportuno, de acordo com entendimento conjunto entre Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Poder Judiciário. Segundo o desembargador, a operação não poderia ser feita em período eleitoral para não dar a ideia de uso político. Abel Gomes disse ainda que denúncia de Paulo Marinho é grave e deve ser apurada com urgência.

Paulo Marinho pediu segurança pessoal ao governo do Rio. A Polícia Militar informou que vai garantir a proteção dele e da família.

Agora à noite, a Procuradoria-Geral da República pediu providências à Polícia Federal em relação às declarações de Paulo Marinho. A PGR pediu os depoimentos de Paulo Marinho e depoimento de Miguel Braga Grillo, além da cópia do inquérito da PF que apurou as informações relacionadas à Operação Furna da Onça. As ações serão feitas dentro da investigação sobre a suposta interferência do presidente Bolsonaro na PF.

Fonte: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2020/05/17