13/04/2021
Durante um café da manhã com jornalistas nesta terça-feira (13), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que cerca de 1,5 milhão de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 atrasada.
De acordo com o ministro, a pasta vai criar uma lista, por estado, de pessoas que estão com a segunda dose atrasada, com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde. A lista ainda não tem data para ser divulgada.
O Ministério da Saúde orienta que os brasileiros que estão com a segunda dose da vacina atrasada procurem um posto de vacinação para completar a imunização.
Fonte: Brasil 61
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo hoje (12), em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, para que pessoas que foram imunizadas com a primeira dose da vacina contra covid-19 não desobedeçam a prescrição do medicamento e tomem, dentro do prazo recomendado, a segunda dose do imunizante.
Questionado sobre o suprimento de vacinas e o andamento da campanha de imunização nacional, Queiroga reafirmou sua meta de aplicação de 1 milhão de doses de vacina por dia. Segundo o ministro, a articulação do governo federal para a aquisição de mais vacinas é constante e busca aprimorar o fluxo já existente. “Podemos fazer mais? Sim, podemos. Mas precisamos de mais doses e isso é um esforço diário dos ministérios com os países que produzem vacinas”, afirmou.
O ministro falou também sobre a campanha de vacinação contra a gripe iniciada nesta segunda-feira, ajudará no descongestionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) em virtude da pandemia de covid-19. Segundo o médico, a vacinação contra a gripe deverá ajudar a reduzir a ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs). “No contexto da pandemia de covid-19, com o sistema de saúde pressionado, vacinar contra a gripe pode ser um ativo importante para reduzir o número de pacientes que precisam de terapia intensiva, reduzindo os óbitos - que é o nosso objetivo.”
O ministro afirmou que a campanha de vacinação contra a gripe obteve resultados positivos em outros anos e espera que uma grande parcela da população seja vacinada. “No passado, em 2020 e já na pandemia, conseguimos vacinar 90% do público-alvo”, disse.
Sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, Queiroga afirmou que “se preocupa mais com CTIs do que com CPIs” - em alusão aos centros de terapia intensiva, que estão sobrecarregados em diversas regiões do país.
“Não cuidamos de política na saúde, mas de políticas de saúde. Se for o caso, vamos prestar os esclarecimentos devidos para que fique claro o que tem sido feito para apoiar o povo brasileiro na pandemia”, disse o ministro.
Queiroga afirmou ainda que há preocupação em aprimorar a capacidade do ministério em relação aos bancos de dados da pandemia e da saúde em geral e que é importante que haja transparência nos números apresentados à população.
Sobre falas em relação a tratamentos precoces no tratamento da covid-19, Queiroga voltou a afirmar que a experiência e o conhecimento médico são soberanos e que não houve qualquer manifestação por parte do governo federal para validar protocolos de tratamento precoce - termo que Queiroga fez questão de diferenciar do que chama de atendimento precoce.
“O presidente Bolsonaro apenas disse que os médicos devem ter autonomia. Autonomia médica é algo milenar. A medicina se rege por princípios bioéticos próprios, como o princípio da beneficência, o princípio da autonomia. O uso de medicamentos off label [uso que não é descrito em bula] é uma prática comum, já que é uma doença nova. Mesmo para medicamentos em que há aceitação e estudos randomizados, ainda não temos no bulário essa indicação”, explicou.
Questionado sobre discussões anteriores à sua gestão, como a do uso de cloroquina, Queiroga afirmou que o que importa para os pacientes é ter atendimento especializado de qualidade, com médicos treinados para atender ao sintoma mais grave da evolução da covid-19, a chamada tempestade de citocina - reação autoimune do organismo que inunda os vasos pulmonares com estruturas de defesa que acabam atrapalhando o funcionamento saudável do órgão.
“Eu não vim para o ministério para discutir cloroquina. Vim para organizar e ser eficiente não só no tratamento da pandemia, como de outras doenças”, disse.
Queiroga afirmou que há várias solicitações do chamado “fura-fila da vacina” - situação caracterizada pela solicitação de grupos e classes profissionais que pedem prioridade na imunização. Para o ministro, a solução viável é ampliar o estoque e fortalecer a campanha de maneira a agilizar a vacinação integral dos brasileiros.
Na oportunidade, Queiroga revelou que a categoria dos caminhoneiros será incorporada ao grupo prioritário. O ministro disse que o anúncio oficial e os detalhes serão revelados em breve pela pasta.
Sobre os pedidos dos presidentes da Câmara e do Senado, deputado Arthur Lira (Progressista-AL) e senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de doses de vacina para organismos e entidades internacionais, Queiroga disse não estar incomodado, pelo contrário. Para o ministro, a articulação conjunta de autoridades brasileiras é essencial para que o quadro emergencial de saúde interna do país seja priorizado. “São ações que se somam para buscar mais vacinas. Estamos atuando em conjunto, de maneira harmônica. Fico agradecido a esses dois homens públicos.”
Queiroga falou também sobre reformas e fortalecimento do SUS e do sistema de distribuição e produção de insumos de saúde no Brasil. O ministro disse que é necessário repensar a formação médica e mudar a forma como acontece a assistência hospitalar especializada - tanto pública quanto suplementar.
Em suas considerações finais, o cardiologista e ministro da Saúde afirmou que é necessário encarar as mudanças com responsabilidade social e que é dever de cidadania observar os cuidados necessários com a covid-19. “O fato é: vamos ter que conviver com o que convencionamos chamar de novo normal.”
Edição: Fábio Massalli
Fonte: Agência Brasil.
O Ministério da Saúde publicou dez portarias no Diário Oficial da União, referentes à autorização de pagamento de recursos para 489 leitos de Suporte Ventilatório Pulmonar e 445 de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), destinados ao atendimento exclusivo de pacientes com Covid-19.
A primeira normativa, que trata do Suporte Ventilatório Pulmonar, se estende ao pagamento de leitos referentes ao primeiro trimestre deste ano, com repasses no valor de R$ 57,4 mil. As demais despesas dizem respeito ao mês de abril e os recursos são do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo Coronavírus (Covid-19), no valor de R$ 6,9 milhões.
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Já a autorização de novos leitos de UTI corresponde ao primeiro trimestre e ao mês de março deste ano. A soma dessas despesas é de R$ 21,3 milhões.
09/04/2021
Em nota divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), intitulada “Reflexões sobre o enfrentamento da pandemia da Covid-19”, a instituição defende a união de esforços de todos os setores da sociedade para superar a pandemia, ampliando a oferta de leitos de internação e UTI, a manutenção dos estoques de insumos e medicamentos e a compra e distribuição de vacinas para toda a população no menor tempo possível.
Em termos de saúde pública, o vice-presidente do CFM, Donizetti Giamberardino, acredita que a vacina é a solução. Em seguida, o distanciamento social, uso de máscara e medidas de higienização.
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Ele defendeu ainda que as condutas individuais para cada paciente servem para cada médico e, por esse motivo, o CFM é contra qualquer tratamento não reconhecido intitulado como programa de saúde. Além disso, a autonomia médica na escolha do tratamento deve ser respeitada, conforme prevista na Constituição Federal.
O entendimento do CFM está baseado em suas prerrogativas legais de zelar pelo exercício competente e ético da medicina, bem como na lei do Ato Médico (Lei nº 12.842/23), que concede à instituição a missão de definir quais são, ou não, os tratamentos médicos válidos ou experimentais no Brasil.
Por fim, a entidade convoca a população brasileira a respeitar as medidas de restrição de mobilidade urbana impostas pelos municípios e a adotar medidas de proteção individual.
Fonte: Brasil 61